sábado, 7 de março de 2009

Pedro Amodóvar não se lembraria de melhor enredo!

Uma criança de nove anos é violada. O violador é o padrasto. O resultado da violação são dois gémeos. Aborta. Surge um bispo da igreja de Olinda, aonde quer que isso seja. Excomunga todos, a criança, a mãe da criança e o médico que faz o aborto. Cá fora os flashs dos fotógrafos cegam tudo e todos. O violador, aos olhos do bispo, segue contente, enquanto num plano de corte vemos duas freiras a injectar heroína. Plano seguinte: nos jardins interiores do convento está um tigre adulto, impaciente, preso por uma corrente de ferro.

3 comentários:

  1. O meu comentário mais sério ao episódio concreto que tanta notícia gerou: A situação tal como é descrita não tens pés nem cabeça. Mas a mediatização de casos destes da forma como é feita é que tem um interesse claro. O descrédito da Igreja e, pior, dos Valores Cristãos. A Igreja é feita por homens, logo falível em situações pontuais. Não se devem é confundir Valores Cristãos com alguns homens que os interpretam, e é isso que este tipo de notícias visa fazer confundir.

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  2. Mas temos a consciência de que, na prática, as pessoas não conseguem fazer essa distinção, e muitas vezes a árvore é tomada pela floresta. Pede-se ponderação a quem dá a cara, e, para o comum de nós, é a imagem da Igreja...

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  3. O filme de Almodóvar a que faço menção, para os menos atentos, é o Negros Hábitos, Entre Tinieblas, de 1983.

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