quinta-feira, 30 de abril de 2009

Hoje, no Metro!

Hoje tive uma conversa que pelo seu surrealismo relato aqui. Depois de ter estado ontem o dia todo em casa a recuperar de uma gripe que me atacou forte (que eu saiba e felizmente não se tratou da suína), eis que hoje saí de casa para uma tarefa que me fez deslocar a Santa Apolónia. Resolvi ir de Metro. Entrei na estação do Areeiro e comprei o bilhete na máquina própria para o efeito. Entretanto, ouço o som do metro a chegar. Tento despachar-me para o apanhar. Ainda desci as escadas a correr. Mas em vão. Quando cheguei à plataforma estava já a partir. Perdi-o. Sentei-me à espera do seguinte. Cerca de cinco minutos depois, ou nem tanto, entra na estação um novo metro. Ao mesmo tempo que me levanto com o intuito de entrar na carruagem vejo um indivíduo alto e bastante magro surgir do nada, com o olhar fixo nessa mesma carruagem para a qual também eu me dirigia. Trocámos olhares dando sinal de nos conhecermos. Tratava-se de um ex-colega do liceu onde andei. Na verdade, conhecia-o do lado de fora do liceu, dos bancos do jardim, onde passei algumas tardes em actividades, umas mais, outras menos, recomendáveis. Nos últimos tempos tenho-o visto de vez em quando (sei que mora perto de mim junto ao Campo Pequeno), normalmente acompanhado por uma senhora de olhar triste mas determinado, que penso ser a sua mãe. Ele caminha lentamente, absorto, procurando sempre desviar o olhar quando nos cruzamos na rua. Hoje, no Metro, contrariamente ao habitual, logo se dirigiu a mim, sorridente, dizendo - "então, tudo bem?". Respondo-lhe qualquer coisa, possivelmente um "tás bom?", entrando com ele na carruagem do metro. O metro arranca. Observo-o, agora de frente, a não mais de 30 cms. de distância. Reparo, primeiro, na falta de dentes que não procura esconder, depois também no seu olhar. Este denota um estado que, não podendo garantir em absoluto, me faz dizer ter acabado de consumir algum tipo de droga. Pergunta-me - "então, o que tens feito?". Não chego a responder, não sei bem o que lhe dizer. Também não espera muito, logo dizendo, alto e em bom som - "vou ao Intendente comprar branca". Um bocado atrapalhado e sem ter percebido bem, digo - "não percebi!". Ele repete - "vou ao Intendente comprar branca". Respondo-lhe então, olhando de soslaio para o lado à procura de outros passageiros, que constato estarem, claro, de olhar fixo em nós - "ah.. sim!?". Ele insiste - "há lá agora uns guineenses que vendem uma branca muito boa, trazem-na da Guiné". Respondo-lhe novamente - "não sabia!". "É verdade", diz ele, repetindo - "trazem-na da Guiné que aquilo agora tem branca que não acaba, estão cá uns tempos a vendê-la e depois voltam para a Guiné cheios da guita...já comprei a vários guineenses diferentes!". Digo-lhe, procurando mostrar-me entendedor ainda que receptivo à informação que me confidenciava- "não sabia, pensava que vendiam mais no Casal Ventoso!". Diz-me ele - "isso era dantes, agora, branca, compro sempre aos guineenses no Intendente, no Casal ainda há mas é menos, chamon compro nas Olaias, nos prédios novos". Respondo-lhe, "ah, sim...é bom saber!". Remata - "já consegui comprar 1 gr. de branca já baseada, por vinte euros!". Entretanto, a carruagem chega à estação da Alameda. Despeço-me dizendo convictamente que ia para a Expo (na verdade enganei-me pois eu queria ir para Santa Apolónia e por isso devia ter seguido até à Baixa Chiado). "Apanhas a linha vermelha", diz-me ele. Digo que sim dirigindo-me para a porta. Tenho ainda tempo de o ouvir disparar um simpático (!) "estás mais gordo". Penso para comigo, acusando o toque - "já tu estás bem mais magro e, infelizmente, dá para ver porquê!".

terça-feira, 28 de abril de 2009

Os 3 "D" do 25A74!

Descolonização - Traição
Democracia - Ilusão
Desenvolvimento - Mentira

Confesso, dos 3 "D", a Descolonização é a que mais me custa a aceitar. 500 anos de sangue, suor e lágrimas destruídos num ápice por meia dúzia de militares que não tinham por interesse maior mais do que apenas algumas regalias corporativas. Portugal destruído, os ingénuos povos do ultramar abandonados à sua sorte...para quê, porquê? Ah, meu Deus, porque nos abandonas-Te? Chamam ditador a Salazar. Se mais salazarista não sou é por pensar que, no fim, foi o seu regime que permitiu que tal perfídia tivesse lugar e levasse a melhor. Sei que estava velho e debilitado. À revolução nem sequer assistiu pois partira 4 anos antes. Mas não poderia ter preparado melhor Portugal para que este pudesse resistir ao avanço bolchevique há muito anunciado? Porquê permitir os exílios dourados, os cursos superiores feitos nas prisões pelos piores inimigos de Portugal, as conspirações no seio das forças armadas? Sim, se não sou mais salazarista é por apontar a Salazar (e não falo de Marcello Caetano, porque desse pouco rezará a história) a fraqueza de ter permitido a morte da Pátria. Ah, Nun´Álvares, estivesses cá tu e os infiéis teriam jazido sob o pêso da tua espada, como outrora aconteceu nos campos de Aljubarrota.

Nasceu há 120 anos!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Estou numa de malhar (efeito retardado?)!

Controversa Maresia!? O que me parece de pouca controversa é que o pensamento do seu autor sobre o 25 de Abril, Santa Comba Dão, Salazar e o povo português (texto abaixo para quem não tiver paciência de fazer o link) cheira, esse sim, no mínimo, a maresia.

Sábado, 25 de Abril de 2009
sim, hoje estou de cravo encarnado ao peito
... ah pois estou. Já pensaram bem na maravilha que é andarmos todos por aqui e dizermos aquilo que nos apetece? A propósito: o povo, os autarcas e os ilustres de Santa Comba Dão merecem-se uns aos outros. Na televisão, vejo uma pequena multidão, grunha, inculta e envelhecida, que acha bem que a praça se chame "Dr. Oliveira Salazar", toda contente com os comes e bebes de graça. Acho a cena deprimente. Que cada terra seja livre para chamar às suas praças o que bem entender e que não aceite as críticas que lhe possam ser feitas quanto ao gosto, no mínimo duvidoso, da sua escolha, parece-me uma evidência salutar. Mas chateia-me que não se lembrem que, se o filho da terra ainda governasse, ninguém teria essa liberdade. Dar o nome de alguém a um lugar significa um tributo a esse alguém. Prestar homenagem a Salazar, para mais no dia 25 de Abril, é tão estúpido que nem chega a ser provocatório. Mas enfim, é também para isto que se fez a revolução: para autarcas labregos darem a uma praça o nome de um ditador que fez definhar o país durante décadas, só porque lhes apetece, e para os naturais acenarem em concordância enquanto, com as bocas sorridentes e desdentadas, abifam mais uma febra e engolem a décima mine.

O texto é tão incongruente entre, por um lado, aquilo que afirma pelo seu conteúdo e, por outro, o posicionamento que pretende assumir o seu autor, que se torna deprimente analizar. A senhora (presumo) é pró-valores de Abril, pois anda de cravo a comemorar a data (excuso-me referir os pretensos valores face a tantos anos de manipulação ideológica sobre os mesmos que temos sofrido). Mas na verdade, aquilo que diz e a forma como faz crítica é, no mínimo, classista, elitista, paternalista, céptica no que respeita à democracia. Exemplo acabado daquela esquerda chique, champagne e caviar que tanto prolifera por aí, ávida de bons carros, bons restaurantes e boas férias no estrangeiro, na verdade odiando o povo sobre o qual se julga superior ("Vejo uma pequena multidão, grunha, inculta e envelhecida...com as bocas sorridentes e desdentadas, abifam mais uma febra e engolem a décima mine"). Esquece-se esta senhora que talvez por continuar assim, este povo a quem foi prometido o desenvolvimento e a igualdade como paga do amputar de Portugal, é que novamente se vira para aquele que mais simboliza o Portugal traído. Salazar.

Que Geração de 60 é esta!?

Esta Geração de 60 não assinala nem faz qualquer referência nem ao 25 de Abril, nem à canonização de D. Nuno Álvares Pereira, para nosso regozijo já São Nuno de Santa Maria. Não que fosse obrigatório fazê-lo, mas pela importância dos temas cheira-me que esta tal Geração de 60 não se quer é comprometer. Mais uns que temem pelo tachinho ou lugarzinho? O que sei é que ficaram bem caladinhos. É mais uma evidência de que a tal liberdade, supostamente conquistada com o 25 de Abril de 74, afinal, permite muita coisa mas não permite tudo. Ninguém irá preso por dizer o que pensa (irá?) mas perder um "bom" emprego, os favores do chefe ou a consideração dos "amigos", isso já será mais que certo se o que se pensa não alinha com o instituidamente correcto. Outra evidência que daqui se extrai é que quando se escolhe um nome, seja para o que for, neste caso para um blogue, há que ter em atenção que certos nomes trazem consigo especial responsabilidade. Sinceramente, não acredito que a geração de 60 (em sentido lato) seja tão cobardolas a ponto de se calar em datas e acontecimentos desta relevância só porque o que pensam pode ser... arriscado (!?).

domingo, 26 de abril de 2009

São Nuno de Santa Maria...

... ainda que indignos de Vós, intercedei por nós, intercedei pelo que resta de Portugal.

sábado, 25 de abril de 2009

Três maneiras!

Há três maneiras, quanto a mim, de encarar a data de hoje.
1) De forma enraivecida e amargurada, com má disposição, tornando o dia desagradável para nós e para os que estão à nossa volta. Picando aqui e ali os discursos formais alusivos à data, em que cada vez mais menos acreditam, e dirigindo a esses que os fazem toda a sorte de ofensas e impropérios.
2) De forma condescendente, tristes, sem dúvida, mas acreditando que o tempo fará justiça, e perdoando-lhes, pois não sabem o que fazem, uns, e agem por pobreza de espírito, outros.
3) Indo aos Restauradores, ou aonde quer que mais se encontrem os antes referidos, despejar um carregador de G3, de AK-74 (para dar um toque de ironia), pistola Walter, caçadeira de tiro aos patos ou outra qualquer arma que se tenha à mão, para alívio da mente e alma, e em sinal de vingança pela perfídia que há 35 anos teve lugar.
Para já, vou optando pela segunda.

Na toponímia, uma pequena justiça! A justiça devida, essa, virá com o tempo. Fruto da objectividade e descomprometimento que só o tempo permite.

A Praça em Santa Comba Dão que hoje é reinaugurada com o nome Praça Dr. Oliveira Salazar não é excepção em Portugal. Contam-se por vinte, a fazer fé neste jornal, o número de localidades com toponímia em homenagem àquele a que muitos chamam e consideram o Obreiro da Pátria. Muitos mais do que o poder estabelecido quer crer/admitir, ou não tivesse Salazar sido eleito num ainda recente programa da televisão pública RTP como sendo "o maior português de sempre". Em competição directa com, entre outros, Álvaro Cunhal. Por mim, que pouco sei da história de Portugal, à frente de Salazar estariam outros grandes heróis portugueses, não tantos que não pudessem ser contados pelos dedos de duas mãos. Sendo um deles, sem dúvida, e a propósito do tão importante acontecimento que amanhã terá lugar, e que porá definitivamente Abril na História Grande de Portugal, D. Nuno Álvares Pereira, o Santo Condestável. A partir de amanhã e para sempre, São Nuno de Santa Maria. Mas voltando a Salazar, e às questões de toponímia e afins, para quando escrever na tabuleta da Ponte Salazar o seu verdadeiro nome? Um empurrãozinho pode ser dado por aqui.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

De bicicleta, hoje, no parque da Bela Vista!



Os 101 kgs. não levarão a melhor ou eu não me chame...

Nota: Péssima imagem, péssimo som, mas como ia a filmar com uma mão e a segurar no volante da bicicleta com a outra, travando desesperadamente em alguns momentos em que o declíve é acentuado, já foi uma sorte não ter caído.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

101 kgs.!

Hoje comecei a fazer exercício. 1 hora e meia a andar de bicicleta (comprada por €49,90 num hipermercado), incluindo 30 abdominais. 3 séries de 10. Chegado a casa, pesei-me. Claro, já desconfiava, até porque tenho espelho em casa, ou não teria começado a fazer exercício, mas 101 kgs.!? E, depois do exercício e em "pêlo"! Claro que a balança deve estar avariada mas mesmo assim...

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Muito feliz reencontro!

"caros amigos, depois de um acordar tardio em um pouco enovoado, dei comigo com um sorriso transparente a refrescar-me o peito e a alma. foi uma noite fantastica a recordar e reviver amizades antigas e perpétuas. obrigado pelos momentos únicos de ontem e pricipalmente por serem quem são. Até muito breve beijos e abraços paulo. ps.para me redimir de ontem. mando 4 fotos da minha familia de sonho: eu+rosário+inês+zé... a montanhar algures pelos pirineos"

"Paulo, Subscrevo totalmente. Foi um encontro memorável. Acima das minhas melhores expectativas. Ontem senti-me feliz durante aquelas 6 horas (!) em que estivemos juntos. E não apenas pelo recordar do passado mas por sentir que o presente fazia sentido para todas aquelas pessoas. Nunca faltou assunto. Acho até que muito faltou por dizer! E digo outra vez, repetia a dose e não esperava muito para o fazer. Que tal se começarem a apontar novas datas? Entretanto, aguardo o envio das fotos tiradas e de uma ou outra das antigas que possam enviar, tendo a paciência de as digitalizar, claro. Quem é que tinha aquelas giras com a Rosário em Leiria e em Torremolinos no quarto com a Teresa? Gostava de as mostrar à Rosário. Ana, Teresa e Guida, chegaram bem a casa? Que reversão de papéis serem v/ a levarem-me a casa. Obrigado. Um abraço e beijos a todos. Diogo"

"Queridos amigos: Não acordei tarde e a esta hora estou a acusar as duas horitas de um breve sono e muitas horas de um dia cheio de trabalho. Mas o que o Paulo escreveu fez-me querer dizer-vos algo muito parecido. Acompanhou-me durante todo o dia (e passei-o a fazer formação e num congresso) um sentimento de felicidade fresca e leve, como se existissem segredos na minha vida que mais ninguém presente podia partilhar.Adorei a noite de ontem. Foi como acordar pessoas dentro de mim que parecia nunca terem desaparecido da minha vida. Foi como puxar uma corda invisível através do tempo e de repente lá estavam as caras daqueles que de certeza aturaram tanta coisa parva e estúpida que fiz e disse aos 16 anos. É incrível este sentimento de ter encolhido o tempo e poder estar perto de vocês. Cada história contada ressuscitou a minha própria vida e cada nome e foto, pessoas e outras vidas.Queria que a noite não tivesse acabado e a magia de poder regressar ao passado no presente não se desvanecesse. Mas seja como for , foi especial. São momentos que não se repetem e por isso mais especiais. E especiais mais ainda porque entre os 16,17 anos e os 42,43... há vidas enormes e caminhos tão diferentes, mas que à volta de uma mesa de desvanecem entre memórias e histórias. Só quer mesmo dizer que há coisas eternas e que não precisam de presenças físicas. Por isso, por ontem, e como diz o Paulo por serem as pessoas que me ofereceram este sentimento que me acompanhou durante o dia... obrigada! Desculpem a lamechice, mas acho que não podia deixar de partilhar. Até breve! Ana R"

"Amigos, Foi fantástico! Ontem passei o dia todo com um sorrisinho parvo na cara. Que engraçado foi perceber que, apesar dos anos, parecia que nos tínhamos visto na semana passada, que há pessoas e situações que ficam de facto "entranhadas" em nós e que por maior que seja a distância ou o tempo nunca se apagam.Ana, fica descansada porque acho nenhum de nós terá feito ou dito coisas parvas aos 16 anos...Ganzaga, chegaste bem a casa?Senil, a tua família é muito gira. Como é que se chama o teu vinho?Já tentei ir comprar uma gfa ao Modelo mas não me lembrei do nome. Diogo, vou digitalizar as fotos e depois vou mandando.Beijos a todos, mandem as fotos qd puderem. Ana N"

"Queridos Amigos,
Vocês já disseram na perfeição e de uma forma muito bonita muito daquilo que eu também senti naquela noite tão especial onde tenho a certeza que todos experimentámos sentimentos verdadeiramente raros e únicos.
Vou só acrescentar mais algumas palavras que resumem a forma como me senti junto de todos vocês. Senti-me completamente cheia e completamente leve ao mesmo tempo. Cheia com uma sensação de plenitude como só as coisas que nos fazem realmente felizes conseguem proporcionar-nos e ao mesmo tempo com uma sensação de leveza como só junto dos verdadeiros amigos conseguimos ter.
De facto passaram muitos anos, mais de duas décadas, mas a mim também me pareceu que ainda na véspera tínhamos estado todos sentados naquele mítico varão à porta do Liceu. As boas lembranças são marcantes e o que é marcante nunca se esquece.
Luís, Gostava mais uma vez de te agradecer pois sem a tua dinâmica e excelente organização nada disto teria sido possível. Pormenores que talvez nos tenham passado despercebidos na altura como por exemplo a sala privada, a mesa única onde todos nos podíamos ver e conversar ao mesmo tempo, a deliciosa comida, o facto de terem aceite servir o vinho do Sen, ajudaram a tornar aquele jantar ainda mais inesquecível.
Paulo, Parabéns pelo excelente vinho que produzes e mais uma vez obrigada pela tão carinhosa ideia de o teres querido partilhar connosco nesta ocasião tão especial.
Os teus filhos são lindos assim como todos os outros que conhecemos através de fotos.
Por último, espero sinceramente que o próximo jantar seja daqui a 20 anos sim mas com muitos outros pelo meio também.
Beijos a todos,
Margarida"

"Bom Dia Portugal!!
Muito, Muito, Muito Bom!
Todos no seu melhor. Faz-me sentir que regressei no momento certo. Todos bem dispostos, de sentido de humor ainda mais refinado... Esclareçam-me uma coisa — a Camila não estava sentada á direita do L. Gonzaga!?
Valeu imenso a pena e, a quem teve a ideia ínicial, os meus parabens por ter conseguido levar a coisa até ao fim... L. M.! Grande organização! Reconheça-se que sem o espírito aglutinador (esta poderá ser a tua nova alcunha ;-), teriamos ficado pelo "então, e talvês prá semana, pró mês ou, para o ano que vem".
Agora com o bom tempo, espero que seja mesmo para breve um próximo encontro, também com a criançada. Disso falarei com o Luís M já amanhã; se for preciso armamos uma tenda marroquina que dê para todos. Cumida e bubida não faltará.
Beijos especiais para as meninas, que além de estarem também no seu melhor, nos presentearam com a Sua Graça.
Abraços,
Ricardo"

"Alô amigos! Não tinha ideia que tinha jantado no meio de poetas - toda a minha genteescreve bem, tudo a puxar à lágrima...Idem, idem, idem a tudo o que já disseram - lindo jantar, parabéns ao Luis, crianças muito giras Paulo. E os rapazes estão cada vezmelhores - como o vinho do Porto, e as raparigas nem se fala!...Mandarei as minhas fotos brevemente. Kisses, Teresa"

"Amigos,
Depois de tantas palavras sentidas e que só somos capazes de dizer quando estamos de bem connosco e com a vida, resta-me agradecer-lhes – sim agradecer-lhes – a V. amizade!
Creio que não seria possível, sem amizade e estima, sentarmo-nos com tanto á vontade a uma mesa com pessoas que não fizeram parte do nosso dia a dia nos últimos vinte e tal anos, se não existisse amizade verdadeira.
E essa, acreditem, em relação a cada um de vocês, esteve sempre dentro de mim. Admito que não houve nenhuma altura da minha vida em que me foi pedida ou exigida ou necessária alguma reflexão, que não me recordasse de vocês, dos momentos que passámos juntos e do quão especial foi esse pequeno grupo de amigos em momentos tão diversos.
Agora a sério; acho que esses anos de transição entre “adolescência e vida adulta” foram vividos mesmo á grande; foi ou não foi?!
Fui feliz durante todos os minutos em que estivemos juntos na 6ª feira. Porque vos vi bem, de saúde e como disse no inicio, de bem com a vida! É claro que todos temos as nossas angústias, preocupações, frustrações, responsabilidades, duvidas… Mas naquele momento conseguimos parar 2009 e assim como no filme, ir “back to the future”.
E mais; acho que não mudámos nada durante todo este tempo! Confirmou-se aquilo que eu cheguei a escrever algures e que tinha a ver com a “…criação de uma identidade interior baseada num determinado tipo de sentido de humor e forma de estar, desenvolvido algures nos fantásticos anos 80..”!!!
Assim como vocês, gostava sinceramente de voltar a estar convosco em breve e de partilhar convosco o meu tempo!
Muitos beijinhos e abraços a todos,
Luis"

"Peço desculpa de só retribuir agora todas estas fantásticas considerações sobre o nosso jantar, mas eu estive “enevoado” durante o Sábado que se seguiu ao repasto, acordei tarde e a más horas e a minha filha perdoou-me o facto de estar uma hora de roupão na varanda a olhar para o Tejo, fumando cigarros, com um copo de guronsan ao lado e a pensar em todos vós.
Um bom sinal para mim este perdao, também ela terá um grupo de amigos assim, foi o que lhe expliquei......é das melhores coisas que levamos daqui.
Nada mais há a acrescentar, faço minhas as vossas palavras, e já agora, desabafo ...foi com uma certa comoção (bem disfarçada ou não) que vi a noite acabar e não teve nada a ver com a “excelente colheita do nosso Paulo “ Zen”.
Espero por outras, isto não pode ficar por aqui! Beijos Grandes para as senhoras, aquele abraço viril para os cavalheiros, Luis G"

"Amigos
ainda não tinha tido oportunidade de trocar galhardetes convosco, agradecer e retribuir os sentimentos poéticos que transpiraram nestes últimos emails.
em primeiro lugar fiquei enebriada com tanta e boa poesia (sim, trata-se de verdadeiros poetas...); depois, apesar da idade... não perco a oportunidade de festejar e desde sábado que já vou na 2ª "pré-Abrilada"...(ontem foi para pôr o cérebro no sítio e interiorizar que o ditado "a vida são dois dias" não deve ser levado à letra...).
por isso, só hoje consigo ler os vossos emails e não chorar....(isto é um bocado exagerado, mas pronto).
devo só acrescentar que quando temos tanto para dizer e nos basta, simplesmente, estar e rir sabemos que estamos bem. Foi bom estarmos juntos e ter vontade de rir (não é sorrir) quando nos lembramos disso.
pequenas notas sobre a coisa:
- a ideia: foi linda.
- a organização do jantar: muito profissional e cuidou de pormenores essenciais que permitiu sentar Todos ao pé de Todos.
- o vinho: muito bom (e barato!) e esteve à altura das nossas conversas.
- as pessoas: ninguem esperava que depois de tanto tempo íamos continuar a querer ser amigos... (atenção: as miúdas estão todas muito mais giras e divertidas, o que é muito importante porque a tendência geral é ficarem sérias e chatas).
beijos para todos
suzana"

Carissimos,
Não parece, mas tenho estado Muito atento as vossas prosas. Por favor continuem.
Entretanto, podiamos era agendar a próxima tertulia.
Beijos e abraços,
António B.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Hoje sou este poema!

Reencontro

Vinte e seis anos depois não é que vou reencontrar os amigos do Liceu num jantar combinado para o efeito!? É engraçado como este reencontro está a gerar (não só a mim pois sinto que aos outros também) um sentimento de euforia difícil de explicar. A ilusão de fazer o tempo voltar atrás? Possivelmente. Espero que tal magia não se perca quando nos encararmos e verificarmos que desses miúdos com, então, 15, 16, 17 anos, pouco resta. Barriga e rugas que não tinhamos, certamente vamos encontrar. Mas e o humor, as graçolas, a boa (por vezes má) disposição, a capacidade de sonhar e de em simultâneo viver intensamente o momento presente, terá o tempo permitido que essas características se tenham conservado? Melhorado, não creio. Piorado, provavelmente. Sendo o cinismo, normalmente, a evolução natural de tais sentimentos face ao moldar que a vida nos vai inflectindo no corpo e na mente. Vamos ver. O jantar é logo à noite, num restaurante da "moda", caríssimo claro, junto ao Campo Pequeno em Lisboa. Tinha que ser num restaurante assim. Afinal, é suposto estarmos todos muito bem na vida. Estaremos??? Cá está o cinismo. Ficam duas fotos de alguns de nós nesse maravilhoso período das nossas vidas. Alguém adivinha qual destes despenteados sou eu?

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Almeida Santos, deputados da nação e os mansos deste Portugal do pós 25 de Abril

Almeida Santos e as faltas dos deputados:
«Não se paga aos deputados o suficiente para que sejam todos apenas profissionais. Quanto às justificações para as faltas, é verdade que a sexta-feira é, em si própria uma justificação, porque é véspera de fim-de-semana. Eu compreendo isso. Talvez esteja errado que as votações sejam à sexta-feira. Não julguemos também que ser deputado é uma escravatura, porque não é, nem pode ser. É preciso é arranjar horas para a votação que não sejam as horas em que normalmente seja mais difícil e mais penoso estar na Assembleia da República».
Somos tão mansos, tão mansos, que vamos ouvindo afirmações destas e vamos deixando andar.

terça-feira, 14 de abril de 2009

The White Ships

Impressionante documentário (canadiano!) sobre a heróica pesca do bacalhau realizada pelos portugueses no Atlântico Norte, nas águas de Grand Banks.

domingo, 5 de abril de 2009

"A paz convosco"

sábado, 4 de abril de 2009

Fífias!?

Fala-se muito na "compra" de árbitros para que estes favoreçam determinadas equipas. E quanto custará comprar um jogador (ou quatro ou cinco, que em tempos de crise, com salários em atraso, quando há ordenados, etc, se calhar até fazem desconto), para que este, ou estes, dêem umas fífiazinhas? Não é por nada, e posso estar enganado, mas os golos com que o Porto virou hoje o resultado depois de estar a perder 1 x o com o Vitória de Guimarães foram um bocado...facilitados (!?) pelos jogadores do Guimarães. É que neste campeonato já são vários os jogos em que o FCP ganha assim. À custa das tais fífias dos adversários. Deve ser impressão minha! O estranho é que contra o Benfica e o Sporting os das fífias, normalmente, se preciso for, até comem a relva!

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Receita igual para todos, falso lambebotismo ou uma primeira amostra do tamanho dos sapos que a esquerdalha vai ter que engolir!?

Cheira-me à última, e que gozo me está a dar. E, mais importante, uma certa espectativa positiva também...

É vergonhoso, hoje, ser português!

Acaba de dizer uma senhora de 65 anos, participante na Antena Aberta (forum da RTPN/Antena 1), a propósito dos níveis de corrupção que temos hoje em Portugal. Diz a senhora em questão que tendo vivido 7 anos nas então colónias portuguesas, nunca aí viu nada de parecido. No tal "tempo da outra senhora". Deve estar enganada, digo eu. Afinal, o 25 de Abril deu-se, entre outros motivos, para acabar com a corrupção.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

O G20 summit bem espremidinho

É o que dá a demagogia... perder tempo com um indivíduo que mal sabe contar até nove!

Ou também não gostará de louros de olhos azuis!?

Este ainda não foi corrido!?

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Hoje sim, compreenderia a comemoração!

Mais do que qualquer dia 25, o dia 1 de Abril, por aquilo com que é conotado, devia esse sim ser o Dia da Liberdade, dos Direitos e das Garantias que nos prometeram. Afinal, ao fim de 35 anos, o que é mentira e o que é verdade? O que nos prometeram ou os 500.000 desempregados? O que nos prometeram ou o facto de 20% das famílias portuguesas viverem abaixo do limiar de pobreza? O que nos prometeram ou o índice de criminalidade que hoje temos? O que nos prometeram ou a alta corrupção que hoje existe e ninguém consegue travar? O que nos prometeram ou a disparidade ímpar que temos entre ricos e pobres? O que nos prometeram ou a miserável realidade dos territórios portugueses, hoje independentes, em que todos os dias crianças morrem à fome enquanto uma pequeníssima minoria ostenta uma riqueza absurdamente imoral? Sim, viva o 25 de Abril, viva o dia da MENTIRA!