... (esta junção do título ao texto, aprendi-a com a Cristina, a quem saúdo), a propósito da morte do Nino Vieira e do tempo que os meus pais passaram na Guiné, nos anos 60, duas ou três coisas que aqui registo. A primeira, foi que este Nino, agora morto (disse-me ela "quem com ferro mata com ferro morre"), dizia eu, que este Nino Vieira (digo agora eu, paz à sua alma), terá, logo após a saída dos portugueses da Guiné, mandado matar, entre muitos outros, um dos criados dos meus pais, por quem eles tinham especial estima. E, recordando-se desse período, contou-me que na Guiné, por aquelas alturas, o canibalismo existia ainda, não nos centros mais urbanos, onde a influência portuguesa era maior, mas em zonas mais afastadas. E lembrou-se também dos Balantas, tribo que, segundo ela, era conhecida pelos seus jovens mais ariscos. Esses jovens "pilha-galinhas" praticavam pequenos roubos junto das outras tribos. Até seria engraçado não fosse o facto de, quando apanhados, muitas vezes serem...mortos. Depois, dava-se outra práctica, um pouco estranha para os nossos hábitos. Cortavam-lhes as cabeças. E a esses crânios era dada uma utilização algo sui geniris. Serviam de cabaças para comer arroz e outros alimentos. Conta-me a minha mãe. Sabemos que às vezes quem conta um conto acrescenta um ponto. Outras não!
quarta-feira, 4 de março de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
É isso, Diogo, a sua mãe tem razão; " Quem com ferro mata, com ferro morre"
ResponderEliminarSaúdo-o também :)
Oh Diogo, essa das cabeças é macabra...que horror...
ResponderEliminarbeijinho