Descolonização - Traição
Democracia - Ilusão
Desenvolvimento - Mentira
Confesso, dos 3 "D", a Descolonização é a que mais me custa a aceitar. 500 anos de sangue, suor e lágrimas destruídos num ápice por meia dúzia de militares que não tinham por interesse maior mais do que apenas algumas regalias corporativas. Portugal destruído, os ingénuos povos do ultramar abandonados à sua sorte...para quê, porquê? Ah, meu Deus, porque nos abandonas-Te? Chamam ditador a Salazar. Se mais salazarista não sou é por pensar que, no fim, foi o seu regime que permitiu que tal perfídia tivesse lugar e levasse a melhor. Sei que estava velho e debilitado. À revolução nem sequer assistiu pois partira 4 anos antes. Mas não poderia ter preparado melhor Portugal para que este pudesse resistir ao avanço bolchevique há muito anunciado? Porquê permitir os exílios dourados, os cursos superiores feitos nas prisões pelos piores inimigos de Portugal, as conspirações no seio das forças armadas? Sim, se não sou mais salazarista é por apontar a Salazar (e não falo de Marcello Caetano, porque desse pouco rezará a história) a fraqueza de ter permitido a morte da Pátria. Ah, Nun´Álvares, estivesses cá tu e os infiéis teriam jazido sob o pêso da tua espada, como outrora aconteceu nos campos de Aljubarrota.
Descolonização não significa necessariamente o abandono dos territórios ultramarinos nem a expropriação de quem, pretos, brancos e amrelos, fez durante anos aí a sua vida. Por isso se Salazar cometeu erros foi o de não ter preparado uma descolonização que garantisse os direitos de propriedade de todos. O erro não foi apenas seu, foi também de quem o rodeou, amigos e inimigos, e sobretudo da falta de qualidade dos interlocutores.
ResponderEliminarCaro Diogo, ainda assim prefiro estes 3 D's aos F's do regime salazarista : Fome, Futebol, Fátima, Falta de Liberdade...
ResponderEliminarPS - E olhe que a Pátria não morreu. O que morreu foi uma ditadura anacrónica, sustentáculo de uma oligarquia corrupta e desavergonhada que sempre nos embaraçou e já nos envergonhava internacionalmente.
Ainda ontem perguntei lá no meu lado, que raio de visão era aquela de Soares sobre a descolonização.
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