quinta-feira, 25 de junho de 2009

Qualquer meio passo é melhor que passo nenhum!

Pois é, Corcunda, de facto, muito do que diz, a ser verdade, e, sinceramente, não conheço o PNR por dentro para poder contra-argumentar, apresenta-se, certamente, como contrário àquilo que defendo para o nosso Portugal. Mas uma coisa lhe digo, qualquer meio passo é melhor que passo nenhum. Entre baixar os braços, e abraçar aquilo que minimamente se afigura como alguma coisa, fase ao cenário catastrófico em que nos encontramos, opto pela segunda. Quanto à analogia que fez: O Diogo discorda de que o povo português não se reveja no PNR. Diz que para não se rever seria preciso conhecê-lo. Espero que quando alguém vier afirmar que o Diogo está loucamente apaixonado por uma nonagenária de Lamego, ele diga o mesmo, “que não se pode afirmar que não estejam apaixonados por não se conhecerem”, ainda que de uma ironia apreciável, falha, sobretudo, no que respeita ao dimencionamento das possibilidades e à caracterização da personagem. Começando pela segunda, o PNR não será uma nonagenária de Lamego, uma vez que o herdeiro político legítimo, ou pelo menos o único que o reclama, do último período da História em que Portugal foi ainda Portugal, o Estado Novo, está longe de ser uma tal personagem. Antes, talvez, uma quarentona inteligente, bem parecida e apetrechada. Quanto ao dimensionamento das possibilidades, não teremos certamente à disposição cinco milhões de mulheres (admitindo, apenas para a caricatura, existirem em Portugal dez milhões de pessoas e que dessas metade sejam mulheres, e excluindo também, de todo, outras preferências sexuais), pelas quais nos possamos apaixonar. O que temos (tivemos nas últimas eleições), são treze "mulheres", de face, personalidade e intenções, bem distintas, mas todas predispostas e ansiosas pelo casamento. Se me disserem que será pela "quarentona" que me vou apaixonar, na inevitabilidade de que tal tenha que acontecer por uma das treze, admitirei, pelo menos, que só depois de conhecer a "quarentona" poderei dizer se o sentimento é recíproco, e se será essa que escolherei. Finalmente, e deixando-me de analogias, para que compreenda exactamente o seu pensamento, pergunto-lhe se o Estado Novo foi também, no seu entender, aquilo a que chama o Anti-Portugal?

1 comentário:

  1. Caríssimo Diogo,

    Quanto ao posicionamento político já lá escrevi no blogue o seguimento da nossa conversa.
    Já quanto ao Estado Novo, ele foi o Portugal possível. A síntese que foi possível do Portugal Cristão com as tendências revolucionárias dos últimos dois séculos.
    Há quem acredite que se poderia ter ido mais longe e quem não acredite que tal fosse possível. Não é importante. O que é importante é que o objectivo era bom.
    Já os objectivos do nacionalismo de hoje não são bons. O horizonte máximo do nacionalismo de hoje é o "Portugal aos Portugueses", a ideia dos direitos sociais e materiais do povo, um ódio a tudo o que seja desigualdade, a ausência total de uma proposta cultural e substituição da nacionalidade por conceitos raciais. Tudo aquilo que o EN não foi...

    Um abraço

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