Indeciso entre a abstenção, o voto em branco, o voto no CDS ou o voto no PNR, decidi-me, finalmente, por votar no PNR, através do seu candidato às eleições europeis, Humberto Nuno Oliveira.
A abstenção rondará certamente valores entre os 50% e os 60%, se não for mesmo superior. Clara mensagem de insatisfação face ao poder político vigente, tem como contra a impossibilidade de se perceberem os Valores que esses mesmos abstencionistas defendem, uma vez que entre estes encontramos as mais diversas orientações ideológicas. Para além disso, rapidamente o poder mediático subverterá o seu significado, fazendo leituras quanto aos resultados das eleições com base apenas nos votos expressos nos partidos. Um exemplo recente é a "maioria absoluta" com que o PS governa o país. Teremos a noção de que a base eleitoral que sustenta essa "maioria absoluta" se resume a cerca de 2,5 milhões de votos? Valor que mal ultrapassa os 29% de todos os portugueses, então, inscritos para votar, mais exactamente, 8.785.227? 29%, maioria absoluta!? Em cada 10 portugueses inscritos para votar, não chegam a 3 os que legitimam esta "maioria absoluta". Curiosa a matemática desta democracia em que 3 é absolutamente maior do que 7!!!
O voto em branco tem o mesmo problema da abstenção por não dar indicação quanto às motivações na sua origem, senão a do descontentamento face às opções de escolha, com a agravante da sua expressão se reduzir a algumas dezenas de milhar, valores mais fáceis de camuflar por parte do poder instituido, seja o político, seja o dos media, que como sabemos, conspurcadamente estão interligados.
No CDS tenho votado sempre. Cada vez mais Partido do "sistema", a sua tendência em se posicionar ao centro (fazendo esquecer o "PP"), com uma aparente, para não dizer evidente, vergonha, receio, medo, de se assumir como um Partido de Valores inequívocamente de Direita e de inspiração Cristã, fazem-me perder a vontade de lhes dar o meu voto. Este assumir-se como partido de centro-direita acaba por ser um posicionamento estratégico que lhe permite, por um lado não assustar o poder financeiro e capitalista que em grande medida suga o país e o povo até ao tutano, apenas em benefício próprio. Por outro, poder aliar-se a qualquer outra força política (mesmo que socialista se essa for a oportunidade), na espectativa, não de servir Portugal, mas sim de alcançar o poder, pelo poder. As tricas políticas em que se envolveu com o PSD, entregando de mão beijada, primeiro o Governo de Portugal, depois, a Câmara de Lisboa, à Esquerda socialista e "bloquista", definitivamente, fazem-me decidir não lhes dar novamente o meu voto.
Chego ao PNR, não apenas por exclusão de partes mas por me rever nos seus Valores. Em que a defesa da Pátria, da Família, do Povo português, a tudo se sobrepõe, em estreita consonância com uma ética de inspiração Cristã. Uma votação expressiva no PNR nestas eleições abrirá caminho à possível eleição de um deputado do PNR nas próximas eleições legislativas. E isso seria uma lufada de ar fresco neste Parlamento que temos actualmente. Seria a possibilidade de termos uma voz que dissesse o que actualmente não é possível ouvir na Assembleia da República, por mais verdadeiro que seja, apenas por não ser politicamente correcto e por não ir ao encontro dos ventos nauseabundos e pestilentos de Abril. Seria também um murro no estômago desta classe política abrilista, que levou Portugal ao que é hoje. Um Portugal pequeno, mesquinho, míope, sem futuro. Votemos PNR. Abramos espaço para um novo Caminho. Uma nova Esperança. Num Portugal renascido e Renovado. Viva Portugal.
Uma dica a considerar...
ResponderEliminarObrigada!
Bjs
Parabéns pela coragem Diogo! Hoje em dia não é fácil assumir tal posição. Porque afinal, o PNR é uma pedra no sapato do regime democrático. E nem todos estão dispostos a "manchar" a sua reputação em nome de convicções políticas.
ResponderEliminarTambém eu sempre votei CDS-PP, apesar de, por razões etárias, tê-lo feito poucas vezes. Porém, um amadurecimento político fez-me virar à direita (aquela que rejeita a partidocracia). E por isso, também eu, mesmo mantendo-me afastado de partidos políticos, votarei no PNR.
Cumprimentos.
Oh Diogo, sempre tinha a Laurinda Alves...mas o Diogo é que sabe =) já não sei para onde me virar, nunca vi tanto macaco doido pelo mesmo galho!
ResponderEliminarbeijinho
Tudo menos o Sócrates (e o abençoado centrão)! Parabéns por tirares o S do teu voto!
ResponderEliminarEu também sigo por esse caminho.
ResponderEliminarVamos a ver o que dá.
Tenho 39 anos e sempre votei CDS, sem excepção. Em presidenciais, só votei uma vez e no Basílio/91.
ResponderEliminarA poucas horas de votar, a hesitação em PNR e CDS continua. O CDS traiu os conservadores portugueses quando esteve no poder e aceitou os aumentos de impostas da ministra fas finanças Ferreira Leite. Foi o IMI, o IRS, o pagamento especial porta de IRC e o IVA. A promoção da natalidade foi esquecida. A discriminação dos casais com filhos continuou. Fiquei indiganado. Usurparam-me o voto. Mesmo assim, em 2005 tornei a votar CDS.
Desta vez o CDS merecia um castigo. São eleições de nenhuma relevância e o voto PNR serviria para acorda os valores de Direita. Creio que dividir os conservadores em duas família é uma imbecilidade, somos tão poucos que divididos por dá ZERO.
Não sei se um deputado PNR na AR teria algum poder e portanto interesse. O mais certo seria não ter poder para abrir a boca.
Este extraordinário texto do Diogo convenceu-me a ir votar no PNR. Obrigado. Por Portugal!
ResponderEliminarF.C.M.
Eu já lá fui e votei PNR. Obrigado pela dica.
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