Os peritos em criar páginas de fãs disto e daquilo no Facebook bem podiam criar uma para o ourives que ao se defender de assaltantes armados que não hesitaram em disparar na tentativa de o matar, se vê agora acusado de homicídio pelo Estado português por via do Ministério Público... O mesmo Estado português que nada faz que se veja para acabar com os assaltos violentos que repetidamente se verificam por todo o país, ultimamente em especial no Algarve, e que têm por alvo preferencial idosos sem capacidade de defesa. Continuem a proibir a posse de armas a quem se quer defender e às suas famílias e entreguem-nas de vez aos criminosos que vamos no bom caminho. Só é pena que quem toma essas decisões tenha em regra vários seguranças privados e "não privados", mas sempre bem armados, à sua porta...
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Fim-de-semana
Um fim-de-semana muito bem passado no Porto. Com uma anfitriã muito simpática, numa casa a transpirar história, paredes meias com a Sé Catedral. Vista soberba sobre o Douro, a Ribeira, Gaia, as Caves e a Ponte D. Luís I. No sábado, pequeno-almoço no Majestic, um passeio a pé pela baixa, um cozido à portuguesa num restaurante bem escolhido, a exigir uma caminhada mais, agora na Foz, a observar a força das ondas a norte. Um serão agradável, antecedido pelo pouco animador Portugal x Bósnia, de imediato esquecido. Noite violenta no que às forças-da-natureza diz respeito, com o vento e a chuva a fazerem-se sentir ruidosamente. No Domingo de manhã, travessia a pé e à chuva da Ponte D. Luís I, com as vistas fotografadas sem descanso, e com o regresso a fazer-se, sem bilhete por questões operacionais, no ainda muito recente eléctrico que liga o Porto a Gaia (ou vice-versa). Almoço no buffet de Serralves, seguido de uma visita às exposições patentes (interessante a obra fotográfica de Augusto Alves da Silva, dispensando-se um pormenor de propaganda ideológica barata que não interessa aqui aprofundar). Tempo ainda para um último passeio de carro, sempre sob uma chuva ininterrupta, uma vez mais pela Foz, Ribeira e Baixa portuense. Devidas despedidas e agradecimentos à simpática anfitriã que nos proporcionou tão bem passado fim-de-semana, sendo tempo de voltar a casa. Não sem antes nos perdermos nos acessos à auto-estrada como, aliás, já antes tinha acontecido em sentido inverso na chegada ao Porto. Uma viagem sempre debaixo de muita chuva mas tranquila e bem disposta, a caminho de Lisboa... (a reportagem fotográfica virá a seguir por outra via).
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
Detesto!
Detesto conversetas, conversa fiada, conversas cruzadas, e outras conversas afins. É algo para que não tenho pachorra e que me deixa realmente mal disposto...
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
domingo, 27 de setembro de 2009
Dia de praia na Zambujeira do Mar
Grande dia de praia na Zambujeira do Mar. Um dos melhores do ano, numa praia de excelentes recordações e a que não ia há alguns anos. Mas em Lisboa, mais exactamente no Filipa, às 18:59h, ainda a tempo de votar! Os resultados!? Exactamente o que previa. Novas eleições daqui a 2 anos, então sim, a valer e decisivas para Portugal...
terça-feira, 28 de julho de 2009
Santana Lopes x António Costa
Quem viu e ouviu, com atenção, o debate de hoje, só por masoquismo ou falta de honestidade intelectual pode ter dúvidas quanto à superioridade política do primeiro face ao segundo. E o resto é conversa (ou defesa do tacho)!
sexta-feira, 3 de julho de 2009
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Significa «servir» ou «Salazar»?
Significa «servir» ou «Salazar»?
Isto passou-se durante aquelas movimentações que precederam as eleições em que o Humberto Delgado era candidato. A oposição dizia que o «S» que a Mocidade Portuguesa ostentava no cinto significava Salazar. A União Nacional dizia que significava Servir. O Dr. Francisco Leite Pinto era ministro da Educação e telefonou para o Eng.º Nobre Guedes, fundador e primeiro Comissário da MP, e perguntou-lhe:
Isto passou-se durante aquelas movimentações que precederam as eleições em que o Humberto Delgado era candidato. A oposição dizia que o «S» que a Mocidade Portuguesa ostentava no cinto significava Salazar. A União Nacional dizia que significava Servir. O Dr. Francisco Leite Pinto era ministro da Educação e telefonou para o Eng.º Nobre Guedes, fundador e primeiro Comissário da MP, e perguntou-lhe:
- Olha lá! Tu é que te deves lembrar disso: o «S» da MP significa Salazar ou Servir?
Ele respondeu:
- Eu acho melhor não te meteres nisso porque se alguém me perguntar eu tenho que responder: Significa «Salazar». Fui eu, como Comissário Nacional que o determinei, de acordo com os meus adjuntos Dr. Francisco Leite Pinto e Tenente Humberto Delgado.
Ele respondeu:
- Eu acho melhor não te meteres nisso porque se alguém me perguntar eu tenho que responder: Significa «Salazar». Fui eu, como Comissário Nacional que o determinei, de acordo com os meus adjuntos Dr. Francisco Leite Pinto e Tenente Humberto Delgado.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
domingo, 28 de junho de 2009
sábado, 27 de junho de 2009
Estão marcadas!
Legislativas a 27 de Setembro e Autárquicas a 11 de Outubro.
Que cada um dê o melhor contributo que puder, como puder, por Portugal. Claro que, nestas, tão próximas, datas, a haver mudanças, será apenas a das moscas. Assim, o mais importante é ir abrindo a mentalidade das massas para a necessidade de uma verdadeira alternativa de Direita (que não do Centro-direita envergonhado e comprometido, pois esses já lá estiveram e mostraram bem o quanto - não - valem, quando, pelas tricas e interesses pessoais mesquinhos, entregaram Portugal e Lisboa à Esquerda, ao primeiro revés e/ou oportunidade que tiveram). Passados 35 anos sobre 25A74, não é, concerteza, a Direita dos Valores que tem de ter vergonha. Vergonha deverá ter a Esquerda abrilista e todos os que governaram neste centrão esquivo e interesseiro, que levou Portugal ao pântano em que hoje se encontra. Não nos iludamos, qualquer solução que passe pelo PS ou PSD/CDS, é mais do mesmo. Uns poucos portugueses com tudo, todos os outros sem nada. Soluções com o Bloco ou o PCP, por sua vez, seriam o fim, definitivo, de Portugal.
Que cada um dê o melhor contributo que puder, como puder, por Portugal. Claro que, nestas, tão próximas, datas, a haver mudanças, será apenas a das moscas. Assim, o mais importante é ir abrindo a mentalidade das massas para a necessidade de uma verdadeira alternativa de Direita (que não do Centro-direita envergonhado e comprometido, pois esses já lá estiveram e mostraram bem o quanto - não - valem, quando, pelas tricas e interesses pessoais mesquinhos, entregaram Portugal e Lisboa à Esquerda, ao primeiro revés e/ou oportunidade que tiveram). Passados 35 anos sobre 25A74, não é, concerteza, a Direita dos Valores que tem de ter vergonha. Vergonha deverá ter a Esquerda abrilista e todos os que governaram neste centrão esquivo e interesseiro, que levou Portugal ao pântano em que hoje se encontra. Não nos iludamos, qualquer solução que passe pelo PS ou PSD/CDS, é mais do mesmo. Uns poucos portugueses com tudo, todos os outros sem nada. Soluções com o Bloco ou o PCP, por sua vez, seriam o fim, definitivo, de Portugal.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Projecto que sirva Portugal
Que as palavras do Corcunda no comentário ao post abaixo, e as dos posts anteriores com elas relacionadas, sirvam para inspirar, quem de direito, na construção de um Projecto que sirva Portugal.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Qualquer meio passo é melhor que passo nenhum!
Pois é, Corcunda, de facto, muito do que diz, a ser verdade, e, sinceramente, não conheço o PNR por dentro para poder contra-argumentar, apresenta-se, certamente, como contrário àquilo que defendo para o nosso Portugal. Mas uma coisa lhe digo, qualquer meio passo é melhor que passo nenhum. Entre baixar os braços, e abraçar aquilo que minimamente se afigura como alguma coisa, fase ao cenário catastrófico em que nos encontramos, opto pela segunda. Quanto à analogia que fez: O Diogo discorda de que o povo português não se reveja no PNR. Diz que para não se rever seria preciso conhecê-lo. Espero que quando alguém vier afirmar que o Diogo está loucamente apaixonado por uma nonagenária de Lamego, ele diga o mesmo, “que não se pode afirmar que não estejam apaixonados por não se conhecerem”, ainda que de uma ironia apreciável, falha, sobretudo, no que respeita ao dimencionamento das possibilidades e à caracterização da personagem. Começando pela segunda, o PNR não será uma nonagenária de Lamego, uma vez que o herdeiro político legítimo, ou pelo menos o único que o reclama, do último período da História em que Portugal foi ainda Portugal, o Estado Novo, está longe de ser uma tal personagem. Antes, talvez, uma quarentona inteligente, bem parecida e apetrechada. Quanto ao dimensionamento das possibilidades, não teremos certamente à disposição cinco milhões de mulheres (admitindo, apenas para a caricatura, existirem em Portugal dez milhões de pessoas e que dessas metade sejam mulheres, e excluindo também, de todo, outras preferências sexuais), pelas quais nos possamos apaixonar. O que temos (tivemos nas últimas eleições), são treze "mulheres", de face, personalidade e intenções, bem distintas, mas todas predispostas e ansiosas pelo casamento. Se me disserem que será pela "quarentona" que me vou apaixonar, na inevitabilidade de que tal tenha que acontecer por uma das treze, admitirei, pelo menos, que só depois de conhecer a "quarentona" poderei dizer se o sentimento é recíproco, e se será essa que escolherei. Finalmente, e deixando-me de analogias, para que compreenda exactamente o seu pensamento, pergunto-lhe se o Estado Novo foi também, no seu entender, aquilo a que chama o Anti-Portugal?
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Diz o Corcunda...
...no post que publicou, sob o título Mais vale só, a propósito dos recentes resultados nas eleições europeias, que "O PNR demonstrou mais uma vez ser um partido (e um partido é a sua gente) em que os portugueses não se revêem, tendo ficado, apesar da linguagem moderada e da serenidade de HNO, atrás da seita “pós-hippie” do Luís Filipe Guerra, o que dificilmente abrirá perspectivas para o tal deputado da próxima legislatura (há quatro anos não se falava de outra coisa na blogosfera...)".
Perdoe-me caro Corcunda mas não posso concordar com a afirmação de que os portugueses não se revêem no PNR. E não concordo, porque para que não se revissem seria preciso que o conhecessem. Ao Partido, às suas ideias, às suas propostas. E, como o Corcunda sabe perfeitamente, esse conhecimento, do Partido e da sua mensagem, não é permitido pelo "Sistema". A brutal e escandalosa desigualdade, face à exposição na media (des)informativa, e face ao orçamento que os Partidos do "Sistema" detêm, por comparação, para as campanhas eleitorais, não permite, neste momento, dar a conhecer o PNR aos portugueses. Quantos cartazes 8x3 (meio mais eficaz neste tipo de campanhas), do PNR, foram utilizados na campanha eleitoral? Eu, não vi nenhum. Houvesse orçamento, houvesse capacidade política para delinear uma estratégia de campanha, com os motes certos, ao encontro daquilo que são as verdadeiras aspirações dos portugueses, e talvez, qual talvez, de certeza, que se provaria que o PNR vai ao encontro daquilo por que os portugueses mais anseiam. Quem os defenda, enquanto portugueses, face às mais diversas ameaças com que hoje se confrontam. Seja ao nível da insegurança física, da insegurança no que respeita à sua capacidade de alimentar as famílias que deles dependem, a bandalheira em que vivemos, a injustiça de meia dúzia tudo terem e dos restantes andarem à míngua, dos ataques e desprezo com que vêem a sua fé deparar-se todos os dias, o analfabetismo em que continuam, apesar de todas as (falsas) promessas de desenvolvimento que lhes fizeram, o sentirem-se excluídos de todas e quaisquer decisões que tenham realmente relevância, etc, etc... E a isso tudo, caro Corcunda, no actual cenário político, não vejo que outro Partido, que não o PNR, possa dar resposta condigna. Agora, para isso, chega de nos virarmos para dentro ou para o espelho, orgulhosos de nós próprios, esquecendo o que verdadeiramente interessa, a Pátria Portuguesa, O Povo Português, com a Graça de Deus. Unamo-nos pois! Viva Portugal.
Perdoe-me caro Corcunda mas não posso concordar com a afirmação de que os portugueses não se revêem no PNR. E não concordo, porque para que não se revissem seria preciso que o conhecessem. Ao Partido, às suas ideias, às suas propostas. E, como o Corcunda sabe perfeitamente, esse conhecimento, do Partido e da sua mensagem, não é permitido pelo "Sistema". A brutal e escandalosa desigualdade, face à exposição na media (des)informativa, e face ao orçamento que os Partidos do "Sistema" detêm, por comparação, para as campanhas eleitorais, não permite, neste momento, dar a conhecer o PNR aos portugueses. Quantos cartazes 8x3 (meio mais eficaz neste tipo de campanhas), do PNR, foram utilizados na campanha eleitoral? Eu, não vi nenhum. Houvesse orçamento, houvesse capacidade política para delinear uma estratégia de campanha, com os motes certos, ao encontro daquilo que são as verdadeiras aspirações dos portugueses, e talvez, qual talvez, de certeza, que se provaria que o PNR vai ao encontro daquilo por que os portugueses mais anseiam. Quem os defenda, enquanto portugueses, face às mais diversas ameaças com que hoje se confrontam. Seja ao nível da insegurança física, da insegurança no que respeita à sua capacidade de alimentar as famílias que deles dependem, a bandalheira em que vivemos, a injustiça de meia dúzia tudo terem e dos restantes andarem à míngua, dos ataques e desprezo com que vêem a sua fé deparar-se todos os dias, o analfabetismo em que continuam, apesar de todas as (falsas) promessas de desenvolvimento que lhes fizeram, o sentirem-se excluídos de todas e quaisquer decisões que tenham realmente relevância, etc, etc... E a isso tudo, caro Corcunda, no actual cenário político, não vejo que outro Partido, que não o PNR, possa dar resposta condigna. Agora, para isso, chega de nos virarmos para dentro ou para o espelho, orgulhosos de nós próprios, esquecendo o que verdadeiramente interessa, a Pátria Portuguesa, O Povo Português, com a Graça de Deus. Unamo-nos pois! Viva Portugal.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Sobre o Prémio Lemniscata, cumprimento da segunda regra.
A primeira regra, cumpri-a em post abaixo. A segunda, responder à pergunta - o que significa ser um Homo sapiens (sapiens)? - essa, pela incapacidade de o fazer com o mínimo de convicção, que não repetir banalidades por todos conhecidas, provará o quão imerecido foi a atribuição desse prémio e este humilde blogue. Como Sócrates, só sei que nada sei (ele, de tanto que sabia, eu, porque de facto não sei nada), quanto mais o que significa ser Homo sapiens.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Como as pessoas!
Isto dos blogues, é como as pessoas. Refiro-me ao ditado. Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és.
domingo, 21 de junho de 2009
Prémio Lemniscata
A Cristina e o Pedro tiveram a amabilidade de me atribuir o prémio Lemniscata. Segundo pesquisa que, sendo fácil, me foi obrigatória, uma vez ser algo novo nisto dos blogues (estreei-me não fazem ainda seis meses), considero ser esse prémio mais devido a grande simpatia, quer da Cristina, quer do Pedro, do que realmente a meu merecimento.
Segundo as regras, devo, também eu, atribuir o mesmíssimo prémio a sete outros blogues. Confesso que não vou muito em correntes mas, neste caso, a consideração que tenho pela Cristina e pelo Pedro, e, porque não, pelo próprio Prémio Lemniscata, fazem-me sentir, tudo somado, a isso obrigado. Atenção, faço-o por obrigação mas faço-o também com muito prazer. Assim, atribuo este Prémio Lemniscata, não por outra ordem que não seja a alfabética, aos seguintes blogues:
Segundo as regras, devo, também eu, atribuir o mesmíssimo prémio a sete outros blogues. Confesso que não vou muito em correntes mas, neste caso, a consideração que tenho pela Cristina e pelo Pedro, e, porque não, pelo próprio Prémio Lemniscata, fazem-me sentir, tudo somado, a isso obrigado. Atenção, faço-o por obrigação mas faço-o também com muito prazer. Assim, atribuo este Prémio Lemniscata, não por outra ordem que não seja a alfabética, aos seguintes blogues:
Sonhar que...
Nota: Ainda que não tenha visto nas regras qualquer obrigação do tipo "passa a outro e não ao mesmo", para que não parecesse devolução gratuita de simpatia, não indico os blogues Estado Sentido e Café da Insónia. Como sabem, e é fácil de ver nos blogues que "sigo", fazem ambos igualmente parte das minhas preferências.
Nota: Ainda que não tenha visto nas regras qualquer obrigação do tipo "passa a outro e não ao mesmo", para que não parecesse devolução gratuita de simpatia, não indico os blogues Estado Sentido e Café da Insónia. Como sabem, e é fácil de ver nos blogues que "sigo", fazem ambos igualmente parte das minhas preferências.
sábado, 20 de junho de 2009
Serôdia mocidade
Aos quarenta e quatro anos a razão pode muito, se o coração já está enervado e enfraquecido de lutas e quedas; todavia, a razão dos quarenta e quatro anos é ainda frouxa e transigente, se o coração começa a amar tão a desoras. Não se calculam as misérias e parvoíces desta serôdia mocidade!
Camilo Castelo Branco (A Queda dum Anjo, 1865)
Há muito que não fazia isto!
Sair da praia às 8:45h da tarde (noite?). Cheguei às 5:00h, para evitar o calor do meio da tarde e as bichas. Bem, essas estariam na marcha do orgulho gay, lésbico, bisexual, travesti, transexual, pansexual, zoosexual, e outras predileções sexuais que me escapem, que hoje decorreu na Av.ª da Liberdade, em Lisboa. Realmente, esta avenida dá para tudo. Quanto à questão do orgulho, cada um orgulha-se com o que fode (perdão, pode). Mas, dizia eu... o que é que eu dizia?? Já sei, para evitar o calor e as bichas (filas). Evitei as bichas, mas calor estava, e esteve até bem tarde. O mar, maravilhoso. As ondas, maravilhosas. Ou seja, um dia de praia de agradecer aos céus.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Enfermidades dos portugueses de hoje, como nos do final do século XIX: Idiotismo e Ténia (confundidos, respectivamente, por Amor e Achaques)!
Duas enfermidades há por aí cujos sintomas não descobrem as pessoas inexpertas; uma é o amor, a outra é a ténia. Os sintomas do amor, em muitos indivíduos enfermos, confundem-se com os sintomas do idiotismo. É mister muito acume de vista e longa prática para discriminá-los. Passa o mesmo com a ténia, lombriga por excelência. O aspecto mórbido das vítimas daquele parasita, que é para os intestinos baixos o que o amor é para os intestinos altos, confunde-se com os sintomas de graves achaques, desde o hidrotórax até à espinhela caída.
Camilo Castelo Branco (A Queda dum Anjo, 1865)
Camilo Castelo Branco (A Queda dum Anjo, 1865)
quinta-feira, 18 de junho de 2009
O Blogue!
O blogue 0 sexo dos anjos, da autoria de Manuel Azinhal, é um dos meus preferidos na blogosfera nacional. Possivelmente, é mesmo o meu preferido. Tem textos simplesmente magníficos. Profundos, eloquentes, pertinentes, extremamente bem escritos, com alma e veracidade incomparáveis. Deixo abaixo dois links que merecem, mais do que merecem, exigem, a leitura de todos.
Muitos mais poderia escolher tanta é a "fartura", mas deixo ao critério dos interessados (que, porventura, não conhecessem ainda este blogue), fazerem uma procura nesta "fonte" de clarividência, na justa medida do seu interesse.
Obrigado Manuel, pelo favor que nos presta.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Uma nova esperança: Benfica, Vencer, Vencer!
CAMPEONATOS NACIONAIS
1934/35 - Porto
1935/36 - Benfica
1936/37 - Benfica
1937/38 - Benfica
1938/39 - Porto
1939/40 - Porto
1940/41 - Sporting
1941/42 - Benfica
1942/43 - Benfica
1943/44 - Sporting
1944/45 - Benfica
1945/46 - Belenenses
1946/47 - Sporting
1947/48 - Sporting
1948/49 - Sporting
1949/50 - Benfica
1950/51 - Sporting
1951/52 - Sporting
1952/53 - Sporting
1953/54 - Sporting
1954/55 - Benfica
1955/56 - Porto
1956/57 - Benfica
1957/58 - Sporting
1958/59 - Porto
1959/60 - Benfica
1960/61 - Benfica
1961/62 - Sporting
1962/63 - Benfica
1963/64 - Benfica
1964/65 - Benfica
1965/66 - Sporting
1966/67 - Benfica
1967/68 - Benfica
1968/69 - Benfica
1969/70 - Sporting
1970/71 - Benfica
1971/72 - Benfica
1972/73 - Benfica
1973/74 - Sporting
1974/75 - Benfica
1975/76 - Benfica
1976/77 - Benfica
1977/78 - Porto
1978/79 - Porto
1979/80 - Sporting
1980/81 - Benfica
1981/82 - Sporting
1982/83 - Benfica
1983/84 - Benfica
1984/85 - Porto
1985/86 - Porto
1986/87 - Benfica
1987/88 - Porto
1988/89 - Benfica
1989/90 - Porto
1990/91 - Benfica
1991/92 - Porto
1992/93 - Porto
1993/94 - Benfica
1994/95 - Porto
1995/96 - Porto
1996/97 - Porto
1997/98 - Porto
1998/99 - Porto
1999/00 - Sporting
2000/01 - Boavista
2001/02 - Sporting
2002/03 - Porto
2003/04 - Porto
2004/05 - Benfica
2005/06 - Porto
2006/07 - Porto
2007/08 - Porto
2008/09 - Porto
TOTAL GERAL
Benfica - 31 campeonatos
Porto - 24 campeonatos
Sporting - 18 campeonatos
Belenenses - 1 campeonato
Boavista - 1 campeonato
COMPARATIVO POR DÉCADAS
Anos 30 - Empate Benfica 3 x 3 Porto
Anos 40 - Supremacia do Sporting
Anos 50 - Supremacia do Sporting
Anos 60 - Supremacia do Benfica
Anos 70 - Supremacia do Benfica
Anos 80 - Supremacia do Benfica
Anos 90 - Supremacia do Porto
Anos 00 - Supremacia do Porto
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Carta dirigida a um amigo, a propósito do movimento Nacionalista!
Caro amigo,
Passei pelo Camões, de forma discreta, para sentir o ambiente. Poucos, sobretudo skinheads, embora não só, os suficientes, porém, para agitarem o Chiado à sua passagem. Depois, peguei no carro e fui até aos Restauradores, a tempo de os ver chegar e de ouvir parte do discurso do José Pinto-Coelho.
Como disse no comentário que referiste, se a mensagem começar a ser mais política e menos "histórico-bélica", sobretudo menos bélica, acredito, claramente, que o Nacionalismo tem muito espaço de crescimento em Portugal.
Mas, como disse também, a mensagem tem que ser dirigida ao Povo. Os 20% de votos que a extrema-esquerda teve não expressa mais do que isso mesmo (as pessoas, se preciso for, não têm problemas em "radicalizar" a sua posição, caso vejam nessa posição o espelho da sua causa, das suas aspirações e das suas dificuldades, que hoje são tantas).
Depois, foram, de facto, 20%, mas de apenas 37% (os que votaram). 6 portugueses em cada 10 não votaram. Entre esses, muitos serão fiéis a Portugal, aos portugueses e à sua História. E o que é o Nacionalismo senão isso mesmo?
Agora, Nacionalismo é uma coisa, fascismo ou radicalizações eugénicas de pendor Nazi são outra (afinal, para mim, é mais português um preto que combateu por Portugal e pela bandeira portuguesa, e que, se preciso foi, pela Pátria morreu, do que um branco desertor que entregou o Império aos comunistas e aos interesses americanos).
Eu, caso me fosse pedida a opinião, apostaria num Nacionalismo vincadamente de Direita (um nacional-socialismo "moderno", começando por propor um regime Presidencialista que oportunamente propuzesse eleições presidenciais mais espaçadas no tempo; embora pudesse promover eleições de tipo local, e mesmo referendos, mais regulares, em contraponto). E, claramente, de inspiração Cristã (NT).
A esquerda radical tem-se apropriados de conceitos que podem e devem (por direito) ser conceitos de combate político por parte dos Nacionalistas (sabemos que quando isso acontecer lhes chamarão demagógicos e populistas, e que terão igualmente de combater os interesses capitalistas, que tudo sugam, deixando ao Povo e, portanto, à Pátria, apenas as migalhas que não conseguem digerir. Mas que interessa se a razão estiver, como está, do seu lado?).
O Nacionalismo deverá, assim, dirigir-se às questões políticas que interessam às pessoas comuns (segurança, emprego, imigração, saúde, educação, justiça, cultura, etc..., no fundo, os pilares em que assenta a organização do Estado), tendo como moldura e por inspiração, a grandiosa História de Portugal (de que a esquerda tanto se envergonha e, mesmo, renega).
E, finalmente, mas decisivo, deverá ter, como factor de sustentação ético-moral, a Orientação Maior e Inquestionável, não de um qualquer escritor ou poeta mais inspirado e de escrita fácil, mas sim de Deus Pai, Todo Poderoso, que enviou à Humanidade, por via do seu filho Jesus Cristo, os ensinamentos que, "simplesmente", temos que seguir, e que nos permitem ter Esperança numa Vida plena de Realização.
Ensinamentos como Verdade, Justiça e Exigência, mas também Amor e Perdão.
A Deus o que é de Deus e a César o que é de César. Sendo essa uma verdade que O próprio Jesus Cristo nos ensinou, arriscaria humildemente dizer também que o que é de César não pode contrariar o que é de Deus.
Saiba o PNR (ou outro qualquer Partido desse espectro político) construir a partir de tudo isto uma "receita" que resulte numa mensagem política coerente e credível, e o crescimento é inevitável.
Finalmente, dizer-te que o crescimento do Bloco não me preocupa nem um pouco. Como sabes bem, a sua base eleitoral não passa, por um lado, de uns quantos miúdos que acham graça a um Partido que lhes dá o amen ao facilitismo, às bebedeiras, aos charros e ao divertimento até à exaustão, sem qualquer responsabilidade. Estes, mal crescem um pouco, percebem que a vida não são só bebedeiras e charros, e apontam baterias noutra direcção. Por outro, de uns quantos esquerdistas do champanhe e caviar (pretensos intelectuais ou, por alguma circunstância, formadores de opinião), que gostam é de bons carros, restaurantes e viagens, e que, na iminência de uma real vitória bloquista em eleições, com tudo o que isso implicaria em seu prejuízo material, depressa arrepiariam caminho. É um Partido da moda e, como todas as modas, efémero.
Já no caso do PCP, a história é outra. Mas esses vivem hoje apenas da pirâmide demográfica invertida que temos em Portugal. Não admira que defendam o aborto como defendem. Sempre contribui para que tenham uma expressão percentual de votos que de outra forma dificilmente conseguiriam.
Um abraço,
Passei pelo Camões, de forma discreta, para sentir o ambiente. Poucos, sobretudo skinheads, embora não só, os suficientes, porém, para agitarem o Chiado à sua passagem. Depois, peguei no carro e fui até aos Restauradores, a tempo de os ver chegar e de ouvir parte do discurso do José Pinto-Coelho.
Como disse no comentário que referiste, se a mensagem começar a ser mais política e menos "histórico-bélica", sobretudo menos bélica, acredito, claramente, que o Nacionalismo tem muito espaço de crescimento em Portugal.
Mas, como disse também, a mensagem tem que ser dirigida ao Povo. Os 20% de votos que a extrema-esquerda teve não expressa mais do que isso mesmo (as pessoas, se preciso for, não têm problemas em "radicalizar" a sua posição, caso vejam nessa posição o espelho da sua causa, das suas aspirações e das suas dificuldades, que hoje são tantas).
Depois, foram, de facto, 20%, mas de apenas 37% (os que votaram). 6 portugueses em cada 10 não votaram. Entre esses, muitos serão fiéis a Portugal, aos portugueses e à sua História. E o que é o Nacionalismo senão isso mesmo?
Agora, Nacionalismo é uma coisa, fascismo ou radicalizações eugénicas de pendor Nazi são outra (afinal, para mim, é mais português um preto que combateu por Portugal e pela bandeira portuguesa, e que, se preciso foi, pela Pátria morreu, do que um branco desertor que entregou o Império aos comunistas e aos interesses americanos).
Eu, caso me fosse pedida a opinião, apostaria num Nacionalismo vincadamente de Direita (um nacional-socialismo "moderno", começando por propor um regime Presidencialista que oportunamente propuzesse eleições presidenciais mais espaçadas no tempo; embora pudesse promover eleições de tipo local, e mesmo referendos, mais regulares, em contraponto). E, claramente, de inspiração Cristã (NT).
A esquerda radical tem-se apropriados de conceitos que podem e devem (por direito) ser conceitos de combate político por parte dos Nacionalistas (sabemos que quando isso acontecer lhes chamarão demagógicos e populistas, e que terão igualmente de combater os interesses capitalistas, que tudo sugam, deixando ao Povo e, portanto, à Pátria, apenas as migalhas que não conseguem digerir. Mas que interessa se a razão estiver, como está, do seu lado?).
O Nacionalismo deverá, assim, dirigir-se às questões políticas que interessam às pessoas comuns (segurança, emprego, imigração, saúde, educação, justiça, cultura, etc..., no fundo, os pilares em que assenta a organização do Estado), tendo como moldura e por inspiração, a grandiosa História de Portugal (de que a esquerda tanto se envergonha e, mesmo, renega).
E, finalmente, mas decisivo, deverá ter, como factor de sustentação ético-moral, a Orientação Maior e Inquestionável, não de um qualquer escritor ou poeta mais inspirado e de escrita fácil, mas sim de Deus Pai, Todo Poderoso, que enviou à Humanidade, por via do seu filho Jesus Cristo, os ensinamentos que, "simplesmente", temos que seguir, e que nos permitem ter Esperança numa Vida plena de Realização.
Ensinamentos como Verdade, Justiça e Exigência, mas também Amor e Perdão.
A Deus o que é de Deus e a César o que é de César. Sendo essa uma verdade que O próprio Jesus Cristo nos ensinou, arriscaria humildemente dizer também que o que é de César não pode contrariar o que é de Deus.
Saiba o PNR (ou outro qualquer Partido desse espectro político) construir a partir de tudo isto uma "receita" que resulte numa mensagem política coerente e credível, e o crescimento é inevitável.
Finalmente, dizer-te que o crescimento do Bloco não me preocupa nem um pouco. Como sabes bem, a sua base eleitoral não passa, por um lado, de uns quantos miúdos que acham graça a um Partido que lhes dá o amen ao facilitismo, às bebedeiras, aos charros e ao divertimento até à exaustão, sem qualquer responsabilidade. Estes, mal crescem um pouco, percebem que a vida não são só bebedeiras e charros, e apontam baterias noutra direcção. Por outro, de uns quantos esquerdistas do champanhe e caviar (pretensos intelectuais ou, por alguma circunstância, formadores de opinião), que gostam é de bons carros, restaurantes e viagens, e que, na iminência de uma real vitória bloquista em eleições, com tudo o que isso implicaria em seu prejuízo material, depressa arrepiariam caminho. É um Partido da moda e, como todas as modas, efémero.
Já no caso do PCP, a história é outra. Mas esses vivem hoje apenas da pirâmide demográfica invertida que temos em Portugal. Não admira que defendam o aborto como defendem. Sempre contribui para que tenham uma expressão percentual de votos que de outra forma dificilmente conseguiriam.
Um abraço,
domingo, 14 de junho de 2009
Leituras
Face a uma biblioteca que necessita ser ampliada, vejo-me na contigência, por vezes, de ler o que me vai chegando, de forma mais fortuita, às mãos. Foi o caso deste livro de António Alçada Baptista, que me foi oferecido pelo meu último aniversário. Ainda que distante do meu pensamento, sobretudo quanto às virtudes (ou falta delas, segundo o escritor) do Estado Novo, não deixam de ser interessantes os seus testemunhos sobre todo um período, pré e pós 25 de Abril, que se apresenta já como (muito) distante para todos os que como eu tinham muita tenra idade aquando da revolução. Interessantes também as suas memórias sobre uma série de personalidades, sobretudo do universo literário, mas não só, com quem privou de muito perto, como Odylo Costa (filho), Jorge Amado, Jorge Luis Borges, Agostinho da Silva, Vitorino Nemésio, Rubem Fonseca, José Escada, Lanza del Vasto, entre outros. De estilo anedótico são as Pequenas Histórias que nos conta, supostamente verdadeiras, no intervalo entre uma e outra das suas recordações mais "sérias" (transcrevo abaixo uma das que me deu mais vontade de rir). Não sendo de urgente leitura, é sem dúvida um livro que, passando-vos pela mão, não se arrependerão se com ele "perderem" algum do vosso tempo.
Uma namorada psicanalista
Uma namorada psicanalista
Acho que não é muito aconselhável ter uma namorada psicanalista porque estão sempre em serviço e, mal a gente espera, estão a analisar os nossos bocejos. Sobre este assunto nada como uma história magnífica do Luís Fernando Veríssimo que me enviaram e que, infelizmente, não sei onde a guardei.
O Luís Fernando Veríssimo, filho do querido e saudoso Érico Veríssimo, é um cronista invulgar. Há uma sua crónica, chamada «O Popular» que é uma pequena obra-prima que devia ser transcrita em todas as selectas.
Como disse, não encontro o papel, mas vou tentar reproduzir a história da psicanalista, procurando ser fiel.
Um homem tinha uma namorada psicanalista e, uma vez que estavam na cama, ela começou com conversa de psicanalista:
- Sim, porque não é só você que está aqui comigo. Está o seu pai, está a sua mãe, está aquele seu professor muito repressivo. E eu também não estou só: está meu pai, está minha mãe, está o Reboredo...
Ele aí interrompeu: - Quem é o Reboredo?
- É o meu primeiro namorado.
- Não. O Reboredo não. Ou sai o Reboredo ou eu vou embora com a minha turma...
sábado, 13 de junho de 2009
Santo António
Desde 1140 que D. Afonso Henriques, o nosso primeiro rei, tentava a conquista de Lisboa aos Mouros, feito que só teve êxito sete anos depois, em 1147, depois de prolongado cerco imposto aos aguerridos Almóadas e com o oportuno apoio dos Cruzados, em número treze mil (grande exército de homens cristãos que vieram do Norte da Europa, rumo à Terra Santa, para expulsarem os Muçulmanos. Usavam uma cruz de pano como insígnia, daí o seu nome. Houve oito Cruzadas desde 1096 a 1270). Lisboa era pois uma cidade recém-cristã, quando na sua catedral foi a baptizar o menino Fernando Martins de Bulhões – Santo António, filho da fidalga D. Teresa Tavera, descendente de Fruela, rei das Astúrias e de seu marido Martinho ou Martins de Bulhões. Há dúvidas quanto ao apelido do pai, bem como se eram ou não descendentes de cavaleiros celtas. Sabe-se sim que D. Teresa nascera em Castelo de Paiva e o marido numa terra próxima. Viviam em casa própria no bairro da Sé quando o recém-nascido veio a este mundo, no ano de 1195, embora alguns apontem como data de nascimento 1190 ou 1191. Fernando frequentou a escola da Sé e até aos 15 anos viveu com os pais e com uma irmã de nome Maria. Aos 20 anos professou nos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho em Lisboa, no Mosteiro de São Vicente de Fora. Nesta ordem monástica prosseguirá os seus estudos teológicos. Rumou a Coimbra ao mosteiro de Santa Cruz, onde tinha à sua disposição a melhor biblioteca monacal do País. Nesse tempo era a abadia de Cluny, em França, que possuía uma das maiores bibliotecas da Europa, com um total de 570 volumes manuscritos, porque ainda não tinha sido inventada a imprensa. Aqui em Coimbra, sendo já sacerdote toma o hábito de franciscano, em 1220. Segundo os seus biógrafos, Santo António terá lido muito, e não foi por acaso que se tornaria pregador. O mundo cristão vivia intensamente a época das Cruzadas. A chamada «guerra santa» desencadeada contra o Islão. E da parte dos Muçulmanos dava-se a inversa, luta contra os cristãos. Ambos acreditavam que a fé os levaria à vitória. De Oriente a Ocidente os exércitos batalham, e neste turbilhão surgem novas formas de espiritualidade. Em 1209 Francisco de Assis (S. Francisco) abandona o conforto e luxo da casa paterna, para, com outros companheiros, se recolher numa pequena comunidade, dando origem a uma nova reflexão sobre a vivência do Evangelho. É a aproximação à Natureza, à vida simples e à redescoberta da dignidade da pobreza preconizada pelos primeiros cristãos. Em poucos anos, homens e mulheres, alguns ainda bem jovens e filhos de famílias abastadas e poderosas sentem-se atraídos por esta vida de despojamento e sacrifício, com os olhos postos no exemplo de Cristo. A Portugal também chegaram ecos deste novo misticismo. Em Janeiro de 1220 são degolados em Marrocos, pelos muçulmanos, cindo frades menores (franciscanos) e todo o mundo cristão sofre um enorme abalo. A própria Clara de Assis (Santa Clara), praticamente da mesma idade que Santo António (nasceu em 1193 ou 1194) vai querer partir para Marrocos para converter os sarracenos, mas Francisco de Assis seu amigo de infância e seu orientador espiritual não lho permite. Por cá o nosso futuro Santo António, já ordenado padre, decide mudar de Ordem religiosa e também ele passa a envergar o hábito dos franciscanos. É nesta ocasião que muda o nome de baptismo de Fernando para António e vai viver com outros frades no ermitério de Santo Antão (ou António) dos Olivais, na altura um pouco afastado de Coimbra, nuns terrenos doados por D. Urraca, mulher do rei D. Afonso II. Em meados de 1220 chegam, com grande pompa religiosa, ao convento de Santa Cruz de Coimbra, as relíquias dos mártires de Marrocos e esse acontecimento vai ser decisivo no rumo da vida de Santo António. Parte para Marrocos, sentindo também ele que é chamado a participar na conversão dos chamados infiéis. Porém adoece gravemente e não podendo cumprir aquilo a que se propunha, teve de embarcar de regresso a Lisboa. Só que o barco é apanhado numa tempestade e o Santo vê o seu itinerário alterado ao sabor de uma vontade superior. Acaba por aportar à Sicília num período de grandes conflitos armados entre o Papa Gregório IX e o rei da Sicília, Frederico II. Relembra-se que várias regiões do que é hoje a Itália unificada eram reinos independentes e este ambiente de guerras geradoras de insegurança e perigos. Em Maio de 1221 os franciscanos vão reunir-se no chamado Capítulo Geral da Ordem, onde Santo António está presente. No final os frades regressam às suas comunidades de Montepaolo, perto de Bolonha, onde, a par da vida contemplativa e de oração, cabe também tratarem das tarefas domésticas do convento. Aqui os outros frades reparam na grande modéstia daquele estrangeiro (Santo António) e jamais suspeitaram dos seus profundos conhecimentos teológicos. Findo aquele período de reflexão, como que um noviciado, os frades franciscanos são chamados à cidade de Forlí para serem ordenados e Santo António é escolhido para fazer a conferência espiritual. E começa a falar. Ninguém até ali percebera até que ponto ele era conhecedor das Escrituras e como a sua fé e os seus dotes oratórios eram invulgares. Pelo que se sabe quando começou a falar imediatamente cativou os outros frades e a sua vida seria a partir daquele dia de pragador da palavra de Cristo. Percorrerá diversas regiões da actual Itália, entre 1223 e 1225. Por sugestão do próprio São Francisco vai ser mestre de Teologia em Bolonha, Montpelier e Toulouse. Quando S. Francisco morre, em 1226, Santo António vai viver para Pádua. Aqui vai começar por fazer sermões dominicais, mas as suas palavras tão cheias de alegorias eram de tal modo acessíveis ao povo mais ou menos crente, que passam palavra e cada vez mais se junta gente nas igrejas para o ouvir. Da igreja passa para os adros para conter as multidões que não param de engrossar. Dos adros passa a falar em campo aberto e é escutado por mais de 30 mil pessoas. É um caso raro de popularidade. A multidão segue-o e começa a fama de que faz milagres. Os rapazes de Pádua têm mesmo que fazer de guarda-costas do Santo português tal a multidão à sua volta. As mulheres tentam aproximar-se dele para cortarem uma pontinha do seu hábito de frade como uma relíquia. O bispo de Óstia, mais tarde papa com o nome de Alexandre IV, pede-lhe que escreva sermões para os dias das principais festas religiosas que eram já muitas na época. Mais tarde seria este papa a canonizá-lo. Santo António assim faz. São hoje importantíssimos esses documentos escritos, porque Santo António como pregador escreveu pouco. Apenas lhe são atribuídos Sermones per Annum Dominicales (1227-1228) e In Festivitatibus Sanctorum Sermones (1230). Sentindo-se doente, o santo pediu que o levassem para Pádua onde queria morrer, mas foi na trajectória, num pequeno convento de Clarissas, em Arcela, que Santo António «emigrou felizmente para as mansões dos espíritos celestes». Era o dia 13 de Junho de 1231. Depois, como é sabido, foi canonizado, em 1232, ainda se não completara um ano sobre a sua morte. Caso único na história da Igreja Católica. Já que nem São Francisco de Assis teve tal privilégio. Os santos como Santo António, há muito que desceram dos altares para conviverem connosco, os simples mortais, que tomamos como nosso protector e amigo. O seu sumptuoso sepulcro, em mármore verde em Pádua, na igreja de Santo António é o tributo do povo que o amou e é muito mais do que um lugar de peregrinação e de oração. Através dos séculos, a sua fama espalhou-se por todos os continentes. No dia 13 de Junho de cada ano, Lisboa e Pádua comemoram igualmente a passagem por este mundo de um português que pregou a fé e morreu em Pádua. Como todos os santos é universal.
Nota: Texto retirado da internet, susceptível de algum erro factual.
Nota: Texto retirado da internet, susceptível de algum erro factual.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
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